Incrível a capacidade do Vitória em maltratar a sua torcida. E tem que ter os requintes de crueldade. Foi assim contra o Universidad Católica na rodada derradeira da Sulamericana e contra o Confiança, pela eliminatória da Copa do Nordeste: Sempre tomando gol no último minuto. Se nestes dois exemplos, o rubro-negro tomou o gol da derrota, na noite desta quarta-feira foi o do empate, mas não se enganem, pois o sabor foi de uma derrota.
O jogo
Na verdade, se analisarmos a partida inteira, incluindo os acréscimos, o Sport Recife teve melhores chances de gol e foi levemente superior ao Vitória. Lucas Arcanjo foi novamente bombardeado e salvou várias bolas perigosas e se jogando em casa, com torcida ao seu favor, o goleiro é o melhor da partida mostra logo que a atuação do time mandante não foi das melhores. Ainda assim, o Vitória saiu na frente aos 9 min do segundo tempo, com Erick aproveitando rebote na área, depois de um gol incrivelmente perdido pelo lateral Raúl Cáceres. O Vitória ainda teve chances de ampliar com duas boas jogadas e finalizações de Kayzer que foram defendidas por Caíque França, porém foi o Sport que empatou a partida aos 44 minutos, depois de bola alçada na área e no bate-rebate, sobrar para Romarinho soltar o pé.
Cerca de 5 minutos depois vinha o que parecia ser o gol da vitória do Colossal, num baita cruzamento de Ronald para o centroavante uruguaio de 1,92m, Renzo López, marcar seu primeiro gol com a camisa rubro-negra. O lance ainda ganhou ares de drama com o bandeirinha dando impedimento e ter chamado a intervenção do VAR, que confirmou o segundo gol do Vitória.
Acontece, que tendo empatado aos 49 min, faltou ao time a inteligência, a maturidade e até mesmo a malandragem para “minar” o jogo a partir daí, seja dando chutões ou retardando a partida – o que é natural em se tratando de futebol, seja no Brasil, na Espanha, na Itália ou na Suécia. Mas não, o Vitória praticamente desligou-se, achou que estava ganho e não encurtou espaços, não travou o jogo e agiu como se ainda fosse o começo da partida. O resultado veio quase 3 min depois com novo empate do Sport, com outro gol de Romarinho.
Que decepção! O torcedor que saiu de casa, enfrentou trânsito, tomou chuva quase a partida toda não merecia sair dali com um empate de uma forma tão traumática. Se este empate fosse em “condições normais”, seria chato sair sem os três pontos, mas daria pra entender, afinal acontece do time não estar inspirado, dar azar, etc. Mas depois de fazer o suposto gol da vitória aos 49 min e tomar o empate 3 min depois, praticamente no último lance da partida é muita sacanagem. É ser um time muito cabaço, desatento e que não vibra junto com a torcida.
JÁ DERAM O QUE TINHAM PRA DAR:
Willian Oliveira e Ryller. Dois volantes fracos, abaixo da qualidade necessária para uma SÉRIE A de Brasileirão com times SAF e endinheirados a exemplo do Botafogo, Palmeiras, Flamengo, Cruzeiro, RB Bragantino. O primeiro começou como titular e errou tudo que tentou. Só acerta passes para trás ou no máximo para os lados. Simulacro de volante, fica correndo de um lado pra outro, feito barata tonta, mas sem marcar ninguém de fato. Lento e cintura dura. Quem entrou no seu lugar consegue ser pior. Ryller tinha poucos minutos na partida, cansado não estava, e não deu uma coça no ponta do Sport, não combateu, foi andando com aquela cara de morto exumado e assistiu a origem do 2º empate do Sport.
FORA WILLIAN OLIVEIRA, FORA RYLLER! A torcida do Vitória não suportam mais vocês. O mesmo vale para Lucas Braga, uma contratação sem nenhum sentido de Fábio Mota/Manequinha. Jogador fraco, um ponta que não tem arraste, não é bom no X1, chuta mais torto que o pau do berimbau e tem pouca inteligência, seja com ou sem a bola.
LETARGIA DIRETIVA
Contando do dia da parada para o mundial de clubes até o dia de hoje já são quase 45 dias e o Vitória ainda sem um lateral esquerdo confiável pro lugar de Jamerson, lesionado. Maycon Jesus é muito verde e com certeza está sendo tratado como “mapa da mina” pelos adversários. É muita incompetência essa diretoria do Vitória para com o Departamento de Futebol. Não tem jeito, o Vitória precisa correr atrás para ter seu investidor Multiclubes e se tornar uma SAF de fato. No modo Associação, o Vitória já deu o que tinha que dar. Bateu no teto. É isso aí forever and ever. Para voos maiores e mudança de patamar, só sendo uma SAF Multiclubes, de responsa.