
A torcida do Vitória não pode nem ficar arrogante por uma semana, pois o time não deixa. Depois de fazer uma partida brilhante e até surpreendente (para muitos) diante o City da Shopee no domingo passado, era normal esperar uma atuação mais ou menos parecida diante de um Náutico cambaleante na temporada, fincado na Terceira Divisão, e que ameaçava – e veio – com time misto para o jogo da 4ª rodada da Copa do Nordeste.
Todavia, vimos uma atuação muito abaixo do Vitória. Jogadores como Osvaldo e Matheusinho foram fraquíssimos no 1º tempo. Osvaldo virou auxiliar de lateral direito, pouco pegou na bola, pouco foi incisivo no ataque. Já Matheusinho estava errando praticamente todos os passes tentados. O resultado disso foi nenhuma finalização na direção do gol, nenhuma defesa do goleiro Vágner, do Náutico, que veio claramente pra jogar por uma bola.
No 2º tempo veio a “uma bola” que o Timbu queria. Com 42 segundos, o lateral direito Arnaldo cruzou na área e nossa dupla de zaga se comportou como cosplay de Patati & Patatá e viu Evandro cabecear corretamente no canto da meta, na “bochecha” da rede esquerda de Muriel. Aos que falam que foi falha do reserva imediato de Arcanjo, não foi. Qualquer goleiro tomaria aquele gol, mérito total do atacante do time pernambucano. Dito isto, volta logo Lucas Arcanjo.

Após o gol, a angústia só aumentou e o Náutico se fechou mais ainda em copas. O Vitória teve absurda posse de bola, mas não produzia nada. O primeiro chute no gol, exigindo defesa de Vágner só aconteceu aos 24 minutos, quando Osvaldo recebeu de Dudu e chutou forte cruzado. Minutos depois, Osvaldo bateu escanteio e o zagueiro do timbu quase fez contra. Neste momento, o Vitória já tinha trocado Mateus Gonçalves e Lucas Esteves, por Zé Hugo e Daniel Júnior. Não entendi a saída do lateral para improvisar Matheusinho. Pior foram as duas trocas de volantes. Uma até eu entendi, a de Willian Oliveira por Rodrigo Andrade, mas a de Caio Vinícius foi completamente desnecessária. Luan entrou no lugar de Osvaldo e apenas deu alguns bons passes laterais e/ou “diagonalizados”.
O jogo ficou nessa pasmaceira de trocar passe de um lado pra outro e pouco chutar no gol e parecia mesmo que iríamos perder, vergonhosamente, a invencibilidade de 17 jogos do Barradão para um time misto do Náutico, equipe de terceira divisão, e que vem cambaleante na temporada. Mas de repente, já na reta final a TORCIDA COLOSSAL entrou em campo e o Barradão retribuiu com sua mística goleadora. Aos 48min, quase 49, o goleiro Vágner cortou um cruzamento na área, a bola sobrou para Daniel Júnior, que até antes deste lance não estava acertando nada, dominar errado e mesmo assim conseguir virar o corpo e soltar um canudo no ângulo. Empate com sabor de alívio.
Dos males o menor. Pelo menos continuamos com a invencibilidade de agora 18 jogos, sendo 14 vitórias, no Santuário. Mas, o VITÓRIA com este resultado se complica na Copa do Nordeste e pode ficar de fora ainda na primeira fase. Terá que vencer praticamente todas para não correr riscos (faltam 4 jogos). O próximo compromisso será domingo (25), 18h30, contra o Atlético de Alagoinhas, no Barradão, pela oitava e penúltima rodada da 1ª fase do Campeonato Baiano. Já pelo Nordestão, só na quarta-feira (06 de março, 19h) quando enfrentará o Itabaiana, também no Barradão.