Em mais uma partida apática, Vitória empata em casa e frustra torcida no Barradão

Em primeiro lugar, eu sou torcedor do EC VITÓRIA. Não morro de amores por dirigentes de futebol, nem treinadores, nem jogadores. Respeito todos na medida do possível e tento ao máximo me afastar de tietagem e de idolatrias exacerbadas. Dito isto, saiba que a partir de agora farei críticas pontuais a algumas pessoas do clube, que alguns torcedores não gostam de LER OU OUVIR, pois a idolatria e o forte sentimento de gratidão prejudicam a visão crítica das coisas.

CARPINI

No recorte recente de seus 7 ou 8 jogos, se não for mais, o Vitória vem jogando mal, sem garra, sem aquela disposição e luta dentro de campo como ficou marcada na reta final do Brasileirão de 2024. Os únicos que ainda parecem seguir essa cartilha são Baralhas e Matheuzinho, que se doam o tempo todo. Porém, um comportamento do treinador que começou a ficar frequente nas coletivas ativou meu alerta sobre o comando dele perante o grupo de jogadores. Já não sinto mais que o elenco esteja 100% com ele, e o jeito dele meio bruto, arrogante e tão cheio de si PODE ser esse fator.

Liguei esse alerta quando os pilares da temporada passada, mesmo sendo acolhidos pela torcida e diretoria, inclusive com vencimentos antecipados, passaram a considerar a primeira oportunidade para saírem do ECV. E quando os líderes de um grupo de pessoas começam a querer sair do atual ambiente de trabalho, é porque alguma coisa no clima organizacional, do dia a dia, não está bem.

Outra coisa, assim como Léo Condé, ele parece que formou a sua panelinha também. Cáceres, Néris, Wellington Rato, Ryller, W. Oliveira…todos esses tendo grandes minutagens mesmo não performando. Em contrapartida, outros jogadores que entram e não comprometem como o zagueiro EDU, seguem sem ter a titularidade confirmada e as vezes nem é escalado, nem para ser reserva. A estranha troca de Arcanjo por Gabriel contra o Juventude, por exemplo, mostra que o treinador ainda não chegou ao time ideal do Vitória na temporada 2025, com mais de 3 meses de temporada. Há preferências pessoais do treinador e falta de convicção no esquema tático e no time titular do Vitória.

No jogo de ontem, contra a Universidad Católica, mais uma atuação opaca do Leão. Pouca criatividade ofensiva, pouquíssimas jogadas de ataque, quase sempre por tentativas de cruzamentos (em que a assertividade é bem baixa). Não temos jogadas de infiltração pelo meio, de tabelinhas, de quebra de linhas. A insistência com Mosquito e Lucas Braga, quando ambos já demonstraram que nem em campeonato baiano conseguem performar. E o pior: Já tendo Erick e Léo Pereira à disposição.

Francamente, não entendo essa cultura da “hierarquia” que os técnicos BR vêm adotando. O que deve prevalecer é a meritocracia. E se em 3 meses do corrente ano os considerados “titulares” não vem performando a contento e chegaram reforços nesses setores, que sejam feitas as mudanças. Até pra ver se dá um “acorda, peão” nos caras, que podem estar acomodados, por saber que seus lugares estão garantidos. Já começo a pensar, sim, na troca de Carpini no comando do Leão.

Infelizmente, o Vitória gastou mal os poucos recursos financeiros para as contratações. Gustavo Mosquito, que parecia ser um nome interessante no ano passado, mesmo começando o ano de 2025 conosco e jogando um estadual fraquíssimo, não consegue performar. Não consegue ser o destaque! Isso é preocupante! Então ele, Lucas Braga e outros pontas do elenco têm que entender que é justo sentarem no banco para os novatos Erick e Leo Pereira. Eles não são criancinhas birrentas, que não podem ser contrariadas.

MANEQUINHA E FÁBIO MOTA

Quase 1 ano para trazer um camisa 9 e quando finalmente traz, o cara vem lesionado e que pode estar à disposição daqui a mais ou menos 10 dias. O time que reclama de pouca grana, gastar cerca de R$ 18 milhões com Lucas Braga (5mi), Janderson (5mi), Wellington Rato (5mi) e Fabri (3,5mi). Isso é um grande desperdício de dinheiro e falta de conhecimento de bola.

A demora na contratação de um centroavante (10 meses e cerca de 10 nomes tentados no período), as negociações fracassadas em outras posições e as infelizes nas realmente realizadas, para mim já são motivos para a troca de Manequinha por um diretor de futebol mais experiente e com maior penetração no mercado da bola.

Já o presidente do clube, FÁBIO MOTA, precisa entender que o EC VITÓRIA é um clube esportivo, predominantemente de FUTEBOL, de onde vem as suas maiores receitas e não prefeitura municipal de cidade integrante de Região Metropolitana, pois o que ele mais comemora e noticia são obras aqui e acolá! É legal o melhoramento da infraestrutura do clube, porém quando o carro-chefe vira coisa secundária, eu já não acho legal.

Não adianta nada ter infraestrutura bonita e moderna com time feio, xexelento e sem talento individual ou coletivo. Não adianta nada ter a beleza física de um Salvador Shopping, mas com vendedores ruins e/ou produtos ruins, sem qualidade, sem apelo aos clientes. E é isso que está virando o EC VITÓRIA: Um shopping center todo trabalhado no design e elegância, mas que vende camisas falsificadas, produtos que na primeira lavagem mancham e você joga fora. Ou Produtos eletrônicos que se tomarem uma queda param de funcionar, celulares e computadores lentos, com sistema operacional hackeados.

O FOCO DO VITÓRIA É O FUTEBOL. TODO TORCEDOR QUER TER TIME BOM. INFRAESTRUTURA VEM DEPOIS! O FOCO TEM QUE SER MELHORAMENTO DO ELENCO PROFISSIONAL DE FUTEBOL, É COM ISSO QUE VÊM BOAS CAMPANHAS E TÍTULOS, E SÃO ESSAS COISAS QUE MELHORAM AS RECEITAS DO CLUBE!