BAHIA 2×0 VITÓRIA | A partida que expôs todas as nossas fraquezas de uma forma arrasadora!

O jogo

Este texto não vai gastar muitas linhas sobre o que foi o jogo de ontem. Em síntese, vimos um elenco superior, com jogadores mais capazes na ordem técnica e de definição de jogadas contra um mal montado, sem recursos técnicos apurados, sem poder de definição, que não chutou uma bola em gol em mais de 90min e que só saiu com alguma chance de reverter por “milagre”.

Fraquezas que vinham sendo mascaradas e ontem foram expostas

A partida contra o Bahia, e agora somada com a do Náutico também, mostrou a real face do time do Vitória: Um elenco incompleto, mal montado e que tem um sistema ofensivo bem inofensivo, bem “arame-liso” e que vai passar perrengue severo na Série A, que começa em menos de 15 dias.

Para piorar, tirando as semifinais do Baiano contra o Atlético de Alagoinhas, o Vitória vinha jogando mal, performando mal e ganhando mais pelo fator sorte e por extrema inferioridade dos adversários, do que por méritos próprios, de construção de jogadas e imposição de estilo de jogo. Doa a quem doer!

Agora que chegou a hora da “onça beber água”, onde é necessário ter mais capacidade técnica e jogo coletivo, estamos vendo o quão é ruim esse time. Somando o jogo do Náutico com o do Bahia são mais de 180 minutos sem fazer um gol e com apenas uma finalização certa na direção do gol: A cabeçada de Janderson aos 47 min do segundo tempo, contra o Náutico.

Diretoria incompetente para qualificar o elenco

Ontem, assim como contra o Timbu, o time entrou sem aquela raça, gana e dedicação ao jogo como ficou marcada a reta final do Brasileirão 2024 e isso piora mais ainda quando não temos jogadores que decidam partidas. O mais próximo disso é Matheuzinho, que não vem atuando por estar lesionado. Está aí o primeiro grande erro da diretoria: Não investir em mais jogadores de qualidade, principalmente no setor ofensivo.

Desde a metade de 2024 se busca um centroavante, são quase 10 meses e NADA. Perdemos Alerrandro e estamos empurrando com a barriga, em 2025, o Janderson, um jogador que não tem nenhuma qualidade, nem no domínio de bola (é só canelada, bate e volta), nem no drible, possui pouca inteligência tática e espacial, e mesmo tendo quase 2m de altura não tem impulsão nos saltos e raramente acerta uma cabeçada na direção do gol. O seu reserva imediato também tem quase 2m de altura e possui praticamente as mesmas características, se diferenciando um pouco mais e para melhor no quesito cabeçada, o que é muito, mas muito pouco!

E os pontas? Não temos nenhum ponta que bagunce as linhas adversárias, que com o drible, velocidade e agilidade criem situações reais de gols para si ou para seus companheiros. Temos vários “arame-lisos” tanto na direita, como na esquerda. Jogadores que pouco criam, pouco finalizam e quando finalizam são com chutes horrorosos, sem força e direção. Saudades imensas de Marquinhos, Maxi Biancucchi, Marinho, Neílton, até mesmo de Vander e Neto Berola.

E o que falar de Wellington Rato? Será ele o Jean Mota versão 2025? Tá parecendo viu?! Que sanguessuga miserável! Totalmente inerte nos jogos, lento, opaco, sem brilho. Realmente com essas peças ofensivas o Vitória está ferrado. Como confiar que com esses caras, com extremas limitações técnicas conseguirão reverter o placar?

Cenário da finalíssima

Será preciso fazer 2 gols, não levar nenhum, pra ir para as cobranças de pênaltis. Título nos 90 min só se vencer por três gols de diferença. E não temos uma peça que chame o jogo para si, que cresça e decida jogos. Temos que torcer muito para Matheuzinho voltar e já voltar bem. Como eu disse, ele é o mais próximo de ser este jogador que faça o diferente, que incomode, agrida e que vai ferir o adversário. Neste aspecto as minhas saudades ficam para Petkovic, Ramon, Bebeto, Renato Cajá, Leandro Domingues e o próprio Matheuzinho.

Os “parças” do treinador

Já está na hora de Carpini rever suas posições fixas no time titular. Cáceres não dá. Néris não dá. Com Claudinho e Edu aptos, eles são os titulares. Pronto. Outro é Ronald, que não pode ver Willian Oliveira destilar sua maresia “diazepânica” e de pouca dinâmica em campo, muito menos o Ryller, que mais parece um ciborgue que um jogador de futebol.

Néris fez ontem a pior partida no Vitória. Errou tudo, errou no segundo gol e fez um pênalti infantil com dois minutos do segundo tempo. A sorte foi que Arcanjo finalmente defendeu uma penalidade máxima e evitou o 3×0. Porque, amigos, se faz 3×0 ali, com aquele tempo de jogo, a goleada que eles tanto querem nos dar, viria mesmo. Tem dúvida disso? O nosso time ia se desmanchar mais ainda em termos anímicos!

Edu sempre quando joga é tranquilo e não comete os erros repetidos de Néris em saída de bola. Todo jogo Néris erra um passe que gera contra-ataques perigosíssimos. Todo jogo. É uma empáfia para tocar a bola, ele parece que se acha o Maldini, o Alessandro Nesta, o Cannavaro…é uma pose tremenda pra dar um passe, completamente errado. Isso é todo jogo! TODO JOGO! Já está na hora dele sentar no banco!

E pra encerrar: O VAR não ter expulsado Everton Ribeiro, por uma cabeçada no rosto de Néris, apenas uma semana depois, que um jogador adversário do Bahia foi expulso por um peteleco, soa bastante estranho!

Enfim, o Vitória ainda está vivo na Final porquê existe a mágica do Barradão e em vários momentos da história já revertemos o placar adverso de 2×0, jogando a decisiva no Manoel Barradas. A defesa do pênalti de Arcanjo não pode ser em vão, tem que ser a defesa que vai ser o pontapé da remontada. Mas para isso a torcida precisa fazer a sua parte e os jogadores entrarem com clima de decisão e reviver aquela sinergia tão marcante de 2023 e da reta final de 2024. O time vem jogando muito frio e opaco e em decisão. Isso não pode acontecer!