Não há o que falar sobre a gestão do Presidente Fábio Mota quando o assunto é infraestrutura e administração do Clube, em geral. Mesmo com limites orçamentários enormes, temporadas na Série C e B, sem a mesma cota de TV que a Série A oferece, o atual mandatário rubro-negro, que chega neste ano de 2025 em seu último ano do seu 1º mandato, revitalizou áreas do Barradão, Centro de Treinamentos e ajustou a folha de pagamentos, inclusive pagando até de forma antecipada em alguns momentos.
O Barradão se livrou dos arcaicos, toscos e perigosos alambrados e agora conta com um visual moderno com vidros temperados, o que se tornou comum nos principais estádios do mundo. Ganhou iluminação em LED, deixando os jogos noturnos bem mais agradáveis. É outra pegada. Para os atletas chegaram equipamentos modernos de preparação física, ginástica e outras pequenas, mas fundamentais construções que modernizaram de certa forma o nosso estádio e nosso centro de treinamentos.
Mas quando o assunto é DEPARTAMENTO DE FUTEBOL o Vitória segue pecando e cometendo erros e vícios antigos. Sempre apostando na quantidade em detrimento da qualidade e rasgando o pouco dinheiro que tem com contratações porcas, sem sentido e que não agregam nada ao principal produto do time: O FUTEBOL!
Nos últimos dois anos, o Vitória desembolsou mais de R$ 40 milhões para contratar jogadores. Impressiona que 61% desse investimento, no entanto, sequer são de atletas titulares. Com mais de 50 contratações, entre 2024 e 2025, o Rubro-Negro segue com várias lacunas no elenco, não temos hoje um lateral esquerdo confiável, um meia capaz de suprir a ausência de Matheuzinho, pontas que desequilibrem as partidas e um centroavante matador, como já tivemos Aristizábal, Tuta, Obina, Alecsandro, dentre outros.
Entre 2024 e 2025, o Vitória gastou aproximadamente R$ 42,5 milhões na aquisição de atletas e em sua grande maioria – pasmem senhoras e senhores – ou são reservas ou não estão mais no clube, a exemplo de Léo Naldi, Jean Mota, Bruno Uvini, Lucas Braga, Wellington Rato, Fabrício, Daniel Júnior, etc. Então o problema não é FALTA DE DINHEIRO e sim como ele está sendo gasto!
Só com Bruno Uvini, Willean Lepo, Léo Naldi, Daniel Júnior e Jean Mota, o Vitória gastou R$ 10,7 milhões. Ano passado, com Ítalo Rodrigues como Diretor de Futebol, o Leão gastou ao todo cerca de R$ 17 milhões. Isso sem falar a dívida que a vinda de Luiz Adriano deixou, pois veio com contrato de 3 anos e o clube rompeu com menos de 6 meses.
Já nesta temporada de 2025, com Manoel Tanajura Neto, vulgo Manequinha, em duas janelas o ECV já torrou QUASE R$ 20 MILHÕES (W. Rato 5Mi; Lucas Braga 5Mi; Claudinho 5Mi; Fabrício 3,5Mi). A única contratação que, aparentemente, se mostra correta foi a do lateral direito Claudinho, vindo do Criciúma, e que Carpini teima em não dar a titularidade ao jogador.
Sobre o Lucas Braga, que nunca foi destaque no Santos, foi pago R$ 5 milhões, por três anos de contrato, e o mesmo já se encontra completamente sem apoio da torcida, pois sempre que entra em campo, não produz nada e ainda fez ironia quando foi vaiado contra o Universidad Católica-EQU, pela Sulamericana.
Mesmo sob diferentes dirigentes e diretores de futebol, o Vitória segue com o problema crônico na montagem de elencos. Contratam em quantidade e gastam mal. Dos cerca de R$ 42 milhões gastos nas duas últimas temporadas, 50 jogadores, apenas o montante de R$ 11 milhões compõe a equipe titular. Quase o triplo deste valor (R$ 26 milhões) estão concentrados em jogadores reservas ou repassados a outras equipes.
Está evidente aí, mais claro que o sol de meio dia de Juazeiro, que a NEGLIGÊNCIA COM O PRINCIPAL DEPARTAMENTO DO CLUBE é que faz o VITÓRIA SER APRISIONADO NA MEDIOCRIDADE.
Mais um começo de Série A com o time sendo o bônus game da competição, sendo chacota em todos os cantos. E continua sendo apontado em canais de apostas, de Cartola FC, das Bet’s, como favas contadas. Um time fácil de ser batido, com odds baixas. Como vimos contra o Juventude e o Flamengo.
Este último, o jogo contra o Flamengo, mostrou o quão é fraco e inofensivo esse time do Vitória. O time carioca nem precisou se esforçar muito para nos vencer. Chegava em nossa área com três toques de bola, envolvia nossos jogadores numa facilidade extrema. Por outro lado, a gente nem ameaçava a meta do goleiro flamenguista, Rossi.
Se tem algo que Fábio Mota ainda não profissionalizou e nem evoluiu no clube, é no DEPARTAMENTO DE FUTEBOL. Neste sentido e apenas neste sentido, ele se equipara, sem hesitação alguma, a ex-presidentes que a torcida não quer ver nem pintados de ouro: Ricardo David, Ivã de Almeida, Paulo Carneiro.
Um dos pontos que demonstra completo amadorismo nesse setor do clube é colocar e manter MANEQUINHA como diretor de futebol. Um jovem ainda despreparado, sem penetração no mercado e sem a expertise necessária, para disputar jogadores com outras equipes, muito menos de prospectar com melhor capacidade e eficiência.
É PRECISO PROFISSIONALIZAR DE VEZ O DEPARTAMENTO DE FUTEBOL, COM A CHEGADA DE PROFISSIONAIS COM KNOW-HOW, CURRÍCULO E BAGAGEM, A EXEMPLO DE ANDERSON BARROS, o que considero o último bom diretor de futebol que por aqui passou.
Fonte: mercadodoleao (Instagram)
5 Comentários
O pior que a política de base, dele, é fraca, Fábio Soares e Lawan,eram pra ter oportunidades,no baiano e primeira fase do nordestao.
Os 4 anos de gestão de Mota foram muito parecidos no primeiro semestre em relação à contratação de jogadores, priorizou-se a quantidade em detrimento da qualidade, tendo q corrigir a rota no segundo semestre. Se continuar cometendo esses erros vai ter um ano q n vai conseguir corrigir a rota e será rebaixado. O planejamento da diretoria de futebol tem q ser mudado para os próximos anos.
Isso é muito provavel. É uma tendencia. Pior que ele acha que sempre vai conseguir consertar a rota!
Nada a acrescentar, excelente texto.parabéns.
obrigado amigo!