VITÓRIA 0x1 CONFIANÇA: Mais um vexame para coleção. Até quando essa complacência com Carpini?

Tem coisas que parecem que só acontecem com o Vitória e parecia que a de ontem eu estava pressentindo o tamanho da “m”. Desde que abriu-se o check-in para o jogo de ontem pela quarta de final do Nordestão, não me animei 1 segundo para efetuá-lo e ir a este duelo. A memória batia sempre que toda vez que o Vitória volta dessas “paradas” forçadas do calendário, nunca volta bem, nunca volta para agradar o torcedor. Resolvi fazer outra coisa, tirar outro lazer mais ou menos perto do jogo, nem quis ver, essa é a verdade. A intuição da tragédia bateu muito forte e dessa vez escutei o lado racional.

Pelo relatos que chegaram a mim, somados com comentários nas redes sociais, whatsapp e os “melhores” momentos da partida, o Vitória foi um time apático, insosso, sem vontade, garra e sem entusiasmar ninguém que foi ao Barradão ou quem viu pela TV. O time jogou uma bolinha feia e sem graça e para pirraçar mais ainda o torcedor, tomou o gol aos 45 min do segundo tempo. Ou seja, nem perder nas penalidades foi. Teve que perder nos 90 min e no último minuto.

Só este ano, o Vitória de Thiago Carpini vem gabaritando no fracasso: Perdeu o Baianão, eliminado de forma medonha na Sulamericana, num grupo fraquíssimo, eliminado por time da Série C na Copa do Brasil e agora para o vice-lanterna da Terceira Divisão, na Copa do Nordeste, competição esta que o Vitória não conquista HÁ 15 FUCKING YEARS (quinze anos)! O detalhe foi que o presidente Fábio Mota desde janeiro fala que o Nordestão 2025 era a prioridade e usou esse argumento quando perdeu o estadual para o Bahia.

Com todos esses fracassos e somados com mais um início fraco no Brasileirão, Carpini segue “prestigiado” com a diretoria e não perdeu o seu cargo até a hora que faço esse texto, bem diferente do que aconteceu com outros ex-treinadores do Vitória, já na gestão de Fábio Mota, a exemplo de Fabiano Soares, Burse e Condé. Este último foi campeão da Série B em 2023 e campeão baiano 2024, mas não conseguiu fazer 10 jogos na Série A, que foi demitido. Carpini fez muito menos pelo Vitória que Condé e até então segue firme no cargo.

Até quando vai essa complacência da diretoria com Carpini? Por que ele tendo vencido apenas 4 partidas das últimas 25 realizadas pelo Leão continua sendo nosso treinador? Os números, que muita gente gosta de levar como fator preponderante, estão aí. O rendimento de Carpini beira aos 30% e em nenhum outro clube do mundo, um treinador com tal situação se mantém no cargo por muito tempo, como Carpini vem sendo.

O que está pegando? É o valor da multa rescisória? Se for isso já demonstra outro grande erro da diretoria do Vitória, pois Carpini não tem esse lastro todo no cenário nacional para ter uma multa rescisória milionária. É um treinador que não tem nem 7 anos na profissão, poucas conquistas, ainda é inexpressivo nacionalmente, apesar dele achar que está no mesmo porte de Abel Ferreira, Tite, Cuca, Renato Gaúcho, Dorival Júnior, dentre outros.

Carpini é um treinador que trabalha contra a filosofia do clube. Já queimou a base publicamente numa coletiva recente. Dali, em um clube sério, sairia direto para assinar sua rescisão. As coisas que ele costuma falar nas coletivas é sempre DIMINUINDO O TAMANHO DO ESPORTE CLUBE VITÓRIA, quando não é depreciando a Fábrica de Talentos ou jogando a culpa nos jogadores como ele vem fazendo, inclusive na de ontem, quando ele deixou a entender que perdemos por um erro de Baralhas, ou quando disse que “não sei o que esperar da minha equipe a cada jogo”. Como é que um líder fala isso de seus comandados, gente? Com essa frase, ele não só joga os holofotes nos jogadores não, e sim nele também! Pois que líder é esse que não consegue fazer seus liderados renderem e conquistarem as metas traçadas?

Jogador da base com ele não tem vez. Quando resolve colocar, é sempre na fogueira, faltando 15 minutos ou menos para terminar a partida, quase sempre com o placar adverso. O caso do José Brenno é bem emblemático. O menino entrou em um jogo da Série A do ano passado e foi expulso no primeiro lance – NUNCA MAIS JOGOU e já foi emprestado. Pepê fez isso num BAVI decisivo e ontem entrou, e antes mesmo do jogo desta terça, ele já tinha participado de outros jogos após aquela expulsão.

E a insistência com Carlos Eduardo? O cara ficou quase 1 ano aqui, sem fazer gols, jogava mal a maioria das partidas. Dá pra contar nos dedos as poucas vezes que ele produziu algo, mas sempre tinha vez. Assim foi com Wellington Rato, fora os amiguinhos que ele trouxe do interior de São Paulo, como Bruno Xavier e Thiaguinho. Agora com jogador de 22 anos que veio do Atlético de Alagoinhas não tem uma chance sequer, nem pra torcida ver se presta ou não. Só quem joga com ele é quem ele indica, ou por ser veterano. Se for da base ou for aposta local da diretoria, com ele não joga!

Parece também que há um claro problema de relacionamento no elenco para com o treinador. Já não sentimos mais o prazer dos jogadores pelo jogo, em campo. Não tem mais vibração nas roubadas de bola, nem alegria de atacar os adversários. Parece que os caras estão lá apenas pelo protocolo. Envolvimento emocional zero com a torcida e com as partidas. Será que só eu estou vendo isso? A declaração de Matheuzinho ontem após o jogo foi meio enigmática…Enfim, não é normal!

Como é que uma equipe fica 25 dias sem jogar, divididos entre uma miniférias (que nem deveria existir, na real) e com treinamento e voltar pior do que estava? Ser inofensivo contra o vice-lanterna da Série C, com quatro desfalques e sem vencer há 3 jogos? A derrota de ontem não tem desculpa e para mim marca o fim do ciclo de Carpini com o Vitória. Ele deveria ter saído bem antes, se fosse na semana da “parada” da Copa de Mundo de Clubes já seria atrasada, mas o novo treinador tendo 25 dias para conhecer os atletas e passar seu estilo de jogo, seria mais contornável.

Acredito que se fizer agora ou nos próximos dias ou semanas, o futuro do Vitória pode ser bem diferente do que aconteceu no ano passado, principalmente no chamado “returno” do Brasileirão. Todavia, é o remédio amargo a se tomar. Carpini já deu o que tinha que dar. Falta a diretoria ENTENDER ISSO!